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09/08/2012

Vagos Open Air 2012 - Reportagem do 2º dia (04-Ago)

O segundo dia do Vagos Open Air, ao contrário do ano anterior, foi um belo dia de sol. Aproveitámos para dar um salto até à praia durante a manhã. Havia transporte à porta do recinto, mas não foram muitos os aderentes, talvez por desconhecerem ou simplesmente por opção. Após uma bela manhã de praia e um passeio por Aveiro voltámos ao recinto para mais uma tarde e noite de peso.
 
A primeira banda a subir ao palco, foram os portugueses Mindlock, cheios de garra e energia. Abriram a tarde da melhor maneira, dando logo o embalo para um dia em grande. O público esteve participativo desde o início e já se encontravam umas boas dezenas de pessoas na frente do palco. Foi curto mas intenso.


A banda oriunda de Taiwan já se encontrava no palco para iniciar o concerto quando terão identificado alguns problemas no som, mas que rapidamente foram resolvidos. Quando os Chthonic começaram, o movimento na assistência foi quase imediato, tal era a energia que emanava do palco. Provaram, aos descrentes, que o oriente nos pode proporcionar metal de qualidade e cheio de potência.


Os Textures vieram fazer jus ao seu nome quando, a partir do primeiro instante a textura musical característica da banda, encheu o recinto. A intensidade sentia-se crescer gradualmente em cada tema e essa foi transmitida ao público. Deu-se o primeiro e grande circle pit do concerto logo no segundo tema, seguido por Storm Warning. Em Consonante Hemispheres, o vocalista pediu um wall of death e pode-se dizer que foi brutal. Fizeram um regresso ao passado não muito distante quando tocaram um tema do seu álbum de 2004 Polars, Swandive. Após um concerto enérgico e potente,  com a participação igualmente do público, terminaram com Laments of An Icarus.

Coroner entraram ao som da Intro do tema Golden Cashmere Sleeper e desde então foi-se sentido a energia do trash old school com uma mistura de trash técnico que acabou por nos envolver no seu som. O público vibrava e reagia com intensidade. Em Semtex Revolutions, um tema dedicado a todos os terroristas e seres desprezíveis, o público reagiu à  força do mesmo, em turbulência. Terminaram com Grin (Nail Hurt) mas regressaram ainda para um Encore. Num regresso ao passado, até ao ano de 86, tocaram o tema The Invincible da sua primeira Demo Death Cult.

Uma das bandas muito aguardadas da noite estava prestes a subir ao palco, os OverKill. O recinto já estava bem cheio e centralizado à frente do mesmo. O seu início foi arrebatador, ou não tivessem eles já uns bons anos de experiência. Os riffs e as batidas eletrizantes integravam-se na perfeição com a voz e a banda que tem origem nos anos 80, demonstrou que os anos apenas têm continuado a dar mais vigor e poder cativante. Em Electric Rattlesanke, o quinto tema da noite, já o público estava ao rubro e nem o cansaço impediu o seu movimento. O jogo de luzes também esteve sempre muito bem conseguido e integrado no ambiente old school. Com direito a um Encore de três temas terminaram com Fuck You. Mesmo após as despedidas ainda repetiram uns segundos de “We don’t care what you say” em uníssono com o público e só depois deram por encerrado o concerto brutal.



Após recuperação de energia, com uma das belas bifanas do recinto, foi a vez de Arch Enemy encerrar a noite. Não tão efusivos na entrada como o americanos anteriormente, começaram com o tema Yesterday is Dead and Gone e o público reagiu imediatamente. No meio de moshes e crowd surfing o público ia cantando os temas e interagindo com a banda que instigava a anarquia e a revolta. De bandeira preta hasteada e em punho (semelhante à imagem que está no seu último álbum, Khaos Legions), Angela, a vocalista marchava no palco ao som de Under Black Flags We March. Após esse mesmo tema, foi a vez de pedir uma salva de palmas ao herói da noite, o baterista, que devido a um infortúnio nesse dia e de forma a não cancelar o concerto, esteve a tocar com uma mão partida. Dead Eyes See No Future foi um tema com muita participação por parte do público que acalmou ligeiramente quando Nick Cordle fez um solo de guitarra, com um pequeno engano pelo meio, mas sem dar parte fraca. No Gods, No Masters foi dedicado ao ódio pelos governantes. Nos ecrãs laterais gigantes iam passando imagens alusivas à anarquia e revolução. Terminaram com Fields Of Desolation mas sem direito a Encore.

Com a saída da última banda o festival começou a ter o aroma do fim. Foi em pouco tempo que as carrinhas para desmontar o palco entraram e meteram mãos à obra na desmontagem do mesmo. O som das Dj’s Twisted Sisters começou a encher o espaço e foi a deixa para irmos terminando as senhas (palhetas) restantes em copos fresquinhos de cerveja e desfrutar da companhia dos amigos e as respectivas despedidas. Até para o ano Vagos Open Air.

Por: Miriam Mateus 
Lê aqui a Reportagem do primeiro dia
 
Fotos: Nuno Santos
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